setembro 01, 2004

Carta ao Ex.mo. Presidente do Conselho Directivo

Mais um devaneio. Mais um delírio. Por favor não ponham mais moedinhas na máquina. Alguém que o faça parar, por favor.
Obrigado.


Carta ao Ex.mo. Presidente do Conselho Directivo


Ex.mo. Presidente do
Conselho Directivo


Nós, abaixo assinados, vimos por este meio informar-vos do nosso desagrado pela expulsão da professora Marlene da escola.
Sabemos que a professora em Outubro de 1996 andou a incentivar os outros professores a irem ver o filme “Crash”, que na altura estava a passar no cinema Nun’Alvares. É verdade que o filme não era um filme normal, era um filme violento e com cenas eventualmente chocantes, mas também não era caso para entrar em pânico.
Depois do acontecido a professora Marlene foi informada por um aluno, Stephen King Nº7 da turma B, que estava a passar um grande filme no Sá da Bandeira “Barafunda”. Então teve a ideia de levar todos os professores numa saída em conjunto para irem ver o tal filme, e assim limpar a sua imagem. Mas, mais uma vez, o filme não correspondia à ideia principal da professora Marlene, limpar a sua imagem, e, é claro, o filme provocou um novo pânico, a professora Doroteia ao ver filme teve um ataque e teve de ser internada durante 2 meses, o professor Neurestides foi encontrado no final do filme num estado um bocado estranho devido, talvez, à barafunda que se gerou na sala a meio do filme, outra professora desmaiou e teve de ir para o hospital para receber assistência médica.
A professora Marlene, entrou em depressão pois a sua imagem estava completamente arruinada nesta escola. Então a turma B quis fazer uma sessão especial no CineBota. A ideia principal era de duas em duas semanas às sextas-feiras à noite fazer uma sessão especial para pais e professores. Essas sessões tinham como título “Relembrar os velhos tempos...”. Na primeira sessão, e única, a CineBota passou o filme “O Capuchinho Vermelho e o Lobo Mau” versão Sex Hard-Core.
Ainda hoje não sabemos por que é que a meio do filme as pessoas ficaram malucas, eram pais a saírem da sala aos berros a dizer que aquilo era uma imoralidade, eram professores na sala a correrem uns atrás dos outros, alguns por cima de outros, bem uma indecência, nem os próprios alunos/filhos eram capaz de se portar tão mal.
Mas, esquecendo estes acontecimentos, nós somos contra a vossa decisão de expulsar a professora Marlene da Escola Secundária Deus nos Acuda e pedimos-lhe que retire as queixas que fez à PSP de Depravada Sexual, Tentativa de Pedofilia e de Inconsciente Mental.

Pedimos deferimento

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P. S. - Ainda gostaríamos de saber por que é que proibiu a continuação do projecto “Relembrar os velhos tempos...”, logo na primeira sessão.

1996

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