junho 30, 2009

A regular day I


Acordas meia hora antes de ir para o emprego. Levantas-te, lavas-te (sem tomar um banho decente) e comes qualquer coisa. Isto tudo a correr a correr. Já estás quase a sair de casa quando a vizinha do 3º esquerdo te chama pelo vão das escadas. “Ó menino! Não pode vir cá acima dar-me uma ajuda? É coisa rápida!”. Sabes que nunca é “coisa rápida” por isso pedes desculpa e aceleras pelas escadas abaixo. Sais de casa disparado e encontras um colega teu da escola que já não vias há quase 10 anos. Dás duas de letra com um sorriso aberto, sem querer ser mal educado mas, no fundo já estás a entrar em stress. Olhas ansiosamente para o relógio e tentas acelerar a conversa. “Desculpa, estou muito atrasado! Podemos combinar um copo para outra altura?” Trocam de número de telefone, cumprimentam-se e corres desenfreadamente para o carro.

Para teu azar o carro está “entalado” e obriga-te a um número inimaginável de manobras para o conseguires tirar do sítio. Estás cinco minutos atrasado, por isso prego a fundo, deixa de haver passadeiras, cortesias, semáforos amarelos ou prioridades.
Dez minutos de atraso e na rotunda o trânsito está parado pois parece que um palerma qualquer estava atrasado para o emprego e, não travando a tempo, espetou-se por baixo de um autocarro. “Estes camelos vão atrasados para o emprego e pensam que a estrada é toda deles...” pensas irritado enquanto te apercebes de que não tens por onde fugir. É frustrante. Estás a 3 minutos do teu destino, atrasado e sem ponto de fuga. Sentes o teu cérebro a latejar... "Foda-se!"
Com muito jeitinho, vais tentando chegar à berma da estrada depois de muitos “se faz favor”, “posso?” e “obrigado!”. Estacionas o carro no primeiro “buraco” que te aparece pela frente. Sais e partes em passo de galope. Chegas finalmente com meia hora de atraso ao teu local de trabalho. Os teus superiores olham para ti de lado, tentas arranjar mil e uma desculpas, todas elas esfarrapadas, enquanto eles abanam a cabeça tristemente.

junho 18, 2009

Desconhecimento de Causa


É impressionante como um estranho sabe tanta coisa sobre nós que os nossos amigos desconhecem...
Deve ser da imparcialidade... ou da distância... podem ver mal ao longe... também podem ouvir mal... não sei...