abril 23, 2009

Casamento a Prazo

Ele era casado com o seu trabalho. Era uma opção de vida que tinha tomado à alguns anos. Dedicara-se de corpo e alma a essa relação, abdicando de outras distracções mundanas.
Agora, sentia que o trabalho lhe estava a pedir o divórcio e ele não percebia muito bem o porquê de tal separação, deparando-se agora com a solidão.

5 comentários:

Raul Albuquerque disse...

Pois é...nada dura para sempre...mas a solidão entranha-se...
Grande abraço amigo

RauAu

R.Rosmaninho disse...

A estrada pricipal, a Via Rápida, parece sempre mais confortável. Mas é quando metemos por um atalho que descobrimos as coisas mais interessantes.
Quem nunca andou por atalhos vai, inevitavelmente, sentir-se perdido quando se vê obrigado a fazê-lo pela primeira vez.

tchi disse...

Há horas tardias de descobrir que outros rumos podem conduzir a maior felicidade. O trabalho pode dar dinheiro mas nem sempre felicidade. E se o trabalho é a prioridade de todas as prioridades pode mesmo ser o caminho para a solidão.

Hugo Valter disse...

A obsessão (seja ela por trabalho, por amor, por um hobby, etc...) torna-se perigosa pela cegueira que provoca e se nos deixamos dominar pela mesma, fechamo-nos para o mundo sem dar conta e depois não sabemos como sair...

É como a Raquel diz, a Tchi salienta e o Raul resume. Obrigado.

rauau disse...

Mas, não é possível nas entranhas da solidão olhar o infinito círculo em que estamos, conseguir deixar o epicentro, olhar para ele e imaginar um ou mais raios desse círculo, que possam ser o nosso caminho para emprenhar essa maldita/bendita, e tentar sempre, recomeçar sempre, embora nos pareça impossível que esse raio nos pareça muito longe?

Abraço grande, Amigo
RauAu