setembro 14, 2009

It’s Fair Play!

A história é simples. Há um jogador do Ajax que se lesiona a meio de uma jogada e a equipa adversária, num gesto desportivo, joga a bola para fora do campo para o jogador do Ajax ser assistido pelos médicos.
Quando a partida recomeça a bola está nas mãos Ajax. O jogador do Ajax numa atitude honesta, já que eles foram simpáticos em atirar a bola para fora, tenta devolver a bola à equipa adversária mas inacreditavelmente marca um golo.
O que se passa a seguir é um exemplo de puro desportivismo, de honra e de honestidade.

(Obrigado Spranger por teres partilhado comigo esta relíquia…)


Como antagónico do desportivismo e do bom senso temos este exemplo passado num jogo de preparação (nem sequer era um jogo oficial…) do Benfica.
Podia marcar a diferença entre um país civilizado como a Holanda e a República das Bananas que é o nosso país, mas não vou entrar por aí. Cada um que tire as suas conclusões!

setembro 06, 2009

O paraíso perdido!

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Não foi fácil chegar ao paraíso. Foi preciso ir passar um fim-de-semana com o Rui Spranger a Vouzela e ouvir falar de um sítio recôndito perdido no meio do nada. A curiosidade aguçou-se mas a dificuldade de dar com o sítio era grande, até que apareceram duas almas caridosas (Bruno e Gonçalo, eram os seus nomes) que por vias travessas sabiam dos nossos planos. ”São vocês que querem ir até ao paraíso??” perguntaram cautelosamente.
Eu e o Rui trocamos olhares nervosos e respondemos em uníssono: “Sim!”.
“Então sigam-nos que nós vos indicaremos o caminho.” e montaram no seu cavalo alado de quatro rodas enquanto eu me esforçava por manter o ritmo com a minha carroça “aluada” a que dou o nome de Jimmy.

Tinham-me prevenido que não era fácil, que o caminho era difícil e arriscado em alguns pontos, mas foi preciso alguma coragem para atravessar a montanha mágica através de curvas e contra-curvas, subidas e descidas de grande inclinação e ravinas com milhares de metros de altura em terra batida cujos buracos que pareciam pisadas de elefantes. Isto tudo à impressionante velocidade de 30 km. Sim, é preciso alguma coragem para chegar ao paraíso.
Quando finalmente avistamos novamente o cavalo alado de quatro rodas respiramos de alívio, sabendo que tínhamos chegado ao destino mas, estávamos redondamente enganados. Só tinha acabado a primeira fase.
A segunda fase era uma prova de coragem, resistência e perseverança. O primeiro passo consistia em invadir uma propriedade privada (Sim, claro! Todos nós sabemos que o paraíso tem um dono. Só não sabemos muito bem quem é) cuja parte mais dura da prova era saltar uma cerca com cerca de 50 cm. “Puf, Puf!”, pensava eu mas, o caminho de martírio ainda estava a chegar. Foram precisos mais 15 de minutos a descer e trepar calhaus escaldantes (diz-se que não se chega ao paraíso sem sacrifício… eu é que não acreditava), escorregando aqui e ali, atravessando verdadeiras nuvens de moscas, mosquitos e outras coisas que tais até que por detrás de umas rochas escaldantes vislumbramos o dito paraíso:

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No meio do nada, no maior dos sossegos e num silêncio apenas perturbado pelo barulho da água, três poços recheados de uma agua tão transparente como o mais finos dos cristais ligados por pequenos trajectos celestiais (entenda-se por pedras escorregadias e a ferver acompanhadas por moscas gigantes que picavam como o raio, de celestial tinha pouco mas preferi-lhe chamar assim). Até jacuzzi havia naquele pequeno paraíso:

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”Sabem, é bom que para chegar aqui seja difícil, porque senão nesta altura isto estava cheio de gente a fazer ruído, a água já não seria transparente e isto já não seria o paraíso… como já aconteceu noutros sítios.” explicaram-nos os nossos guias alados e escusado será dizer que nós os quatro ficamos a tarde toda sozinhos naquele recanto deliciados com tanta beleza e calma.. Não é todos os dias que vemos o paraíso com os nossos próprios olhos e o podemos desfrutar em pleno.